domingo, 11 de novembro de 2012

Rhetoric

Usufruímos de ditos, expelimos bordões ou qualquer outra coisa que seja semanticamente equivalente ao que sentimentos sem ter de efetivamente sermos diretos e/ou sinceros conosco. Mas fácil usar gírias, do que palavras de carinho ou certeza. Precisamos nos expressar, somos seres solitários, física e emocionalmente falando. Destoantes perante aqueles que deveriam ser semelhante exatamente pela necessidade sobrepujante de sermos únicos e auto expressivos sem perder as similaridades com todos aqueles que julgamos especiais, ou semelhantes. Seria soberba demais desejar compreensão, quando evitamos nos expor... Buscamos complementos para tudo àquilo que nos falta normalmente em outras pessoas, criamos sentimentos, expectativas e medos. Quando na verdade nossa maior dificuldade é lidarmos com nosso âmago bruto de modo cada vez mais inapto, afinal, temos incontáveis válvulas de escape para quase todos os problemas físicos e até alguns mentais. Nada que tal remédio não dê jeito, nada que uma boa dose de bebida não resolva nada... Este bendito nada em nos que lutamos discrepantemente para controlar como se fosse uma falha externa do nosso ser. Abrimos margem para influencias aleatórias como se todos aqueles nossos amigos, mesmo que queridos pudessem ser capaz de nos entender quando mal nos expressamos, quem dera eles tivessem capacidade de sentir como sentimos, ou até fossem os famigerados dono da verdade, detentores das respostas que realmente acalmariam nossos vazios gritantes dessa obsoleta existência que teimamos em querer aperfeiçoar sem muitas vezes nos darmos conta de que a estoica é real.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Am I Suppost To Be Happy?

Eu tento ver as coisas de um ponto de vista cada vez mais simples, tudo e todos sempre querem que tudo seja fácil e que não tenham que abrir mão de nada em prol daquilo que desejam.
Não que seja mais um jovem revoltado, ou que queria parecer diferente da sociedade em prol de uma imagem underground e indie o suficiente pra me tornar único. Sendo bem sincero, não nasci pra ser um mártir ou um personagem histórico. Longe, muito longe disso, com o passar do tempo, eu vou pegando certo asco do próprio teor histórico de tudo, inclusive da minha vida, não quero viver de passado e nem sonhar com futuro.
Passei a ver o tempo como um inimigo - o maior de todos - já que em si, ele tende a lhe dar a impressão de que sempre se pode correr atrás do prejuízo. Um engano tremendo, observem que as coisas mudam que o tempo passa insistentemente para todos e que as pessoas podem até não mudar, citando o Dr. Gregory House, mas os sentimentos, esses sim podem morrer a qualquer momento, pois no campo emocional/psicológico o tempo (maldito seja) continua a agir de um modo diferente de como ele age no nosso físico.
Você se olha no espelho depois de alguns dias e vê que a sua barba está crescendo, dominado pelo medo das consequências que o tempo, o mesmo que te enganou alguns dias atrás deixando passar a possibilidade, até por um misto de orgulho com sabe se lá o que te impediu de correr atrás do que desejava ou de que estava prestes a perder, e pronto. Um dia, uma hora, um ano... O tempo anda irremediável para todos e no campo emocional de um modo incompreensível, pelo menos a mim - que faz com que todo aquele amor, amizade, ou qualquer outro sentimento, por mais intenso e belo que seja venha a definhar, única e exclusivamente graças ao tempo. Porque graças ao tempo? Não só por ele agir de modo diferente no nosso emocional, ressaltando ainda que cada pessoa tem um emocional diferente e o tempo vai agir diferente pra cada um, mas devido ao fator mental. Como assim? Tendo um tempo emocional exacerbadamente incompreensível e incontável, tens a capacidade de deixar seus pensamentos tantos os bons quanto os ruins sobre esse sentimento em questão fluírem num fluxo irrefutavelmente poderoso. Resultado? Como humanos abrimos mão do que quer que seja, do quão intenso seja por medo, afinal, se o tempo é capaz de nos iludir, o que nossos pensamentos não são capazes de fazer?! Nos sabotamos a nos mesmo em um ciclo vicioso dominado pelo tempo e pela nossa falha em compreender que tudo dependia de um pouco mais de coragem e um pouco menos de orgulho. Tudo sempre depende um pouco mais da gente e um pouco menos das expectativas que criamos sobre os outros. Tudo sempre depende da simplicidade das coisas e não da complexidade que o tempo e nos mesmo impomos.
Logo, eu deixei o tempo agir, como muitos falaram, sabe? Toda aquela história de que o tempo cura as feridas, ou que é uma questão de tempo até um sentimento surgir entre você e determinada pessoa. Porém, eu lamento informar e parecer um tanto quanto piegas - ou que quer que eu venha a parecer para quem vier a ler isso - o tempo passou, muito tempo, e não mudou nada, o sentimento ainda tá aqui, a cicatriz não sumiu e nada mais surgiu, nem ódio, nem rancor. O tempo passou e só percebi que o amor não mora mais aqui.

City and Colour - Wasting Time

segunda-feira, 7 de março de 2011

Theatrically true

Prezo, irremediavelmente, pela minha liberdade. Sei que assim como os outros bilhões de habitantes humanos desse planeta, somos moldados, mesmo que inconscientemente pelo sistema.

Sendo assim, privei-me de coisas e mais coisas, com certo receio do que poderiam achar, de que rotulo iriam me dar. Mas ao mesmo tempo, lutava avidamente para expressar minhas idéias, saciar minhas vontades – das mais esdrúxulas as mais complexas – ressaltando assim a liberdade que nós é ensinada como maior sinal de humanidade.

A liberdade de ações, que incontáveis vezes fica suprimida apenas em nossa mente, em nossa imaginação de como seria tal coisa, ou que aconteceria se... Mas que acaba contida por medo das conseqüências. Somos homens e como tais, temos a certeza de que toda ação apresenta uma reação e de que o medo é a resposta mais rápida tudo o que achamos que nos faria mal. Por isso deixamos de fazer certas ações temendo diretamente o resultado. Certos confrontos são melhores quando não batalhados.

Porém, chega um momento em que à falta dos ditos confrontos geram uma guerra. O excesso de possibilidades não é esquecido, assim como a ação. Some um a um, durante anos e mais anos, logo terá um arsenal de expectativas que foram frustradas por seu próprio medo das possibilidades que você concluiu que enfrentaria. Não tardara para que em sua mente comece a ebulir os pensamentos e que você lute contra eles. Afinal, não existe nada pior do que ser invadido no único local em que deveríamos ser completamente livres.

Uma guerra a qual não temos como vencer. Afinal, a maior armadilha é o pensamento humano, inconstante, crescente, incontrolável e fulminante. Estamos nos auto destruindo aos poucos, e logo, tudo o que temos são ruínas daquilo que um dia fomos. Posteriormente ficamos vagando pelas avenidas do nosso passado, buscando um lugar de conforto nos destroços de nossa grande perda.

Extraviamos com dias de nossa existência em prol do recomeço, da força de vontade que nos abandona após constatar o quão ínfimos somos e como fomos deturpados por nossos próprios pensamentos, por nossos medos de um passado distante que ainda teimam em revogar com a nossa necessidade de superar nossos limites.

Ao final de todo esse processo, temos a certeza de que a liberdade não é mais que uma figura de linguagem, provavelmente a mais errônea possível já que não temos controle dos nossos pensamentos... Pensamentos esses que deveriam ser o nosso maior sinal de liberdade, afinal, ninguém pode ler seus pensamentos. Quem dera controlar seus pensamentos, os quais nem você têm controle... Não é mesmo?!

O Que Pode Ser Mais Importante - Valentin ♪ Trilha sonora do post.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Redemption Or A New Chance?!

Enquanto respiro, paro e observo a jovem palma que calmamente envolve meu coração.

Aterrorizado, mais pela possibilidade de sofrer do que pela chance de morrer. A agonizante ansiedade preenche todo meu ser, em meu olhar, apenas medo, lagrimas e orgulho. Afinal, feito para sofrer, não deixaria transparecer a minha posição unicamente na hora de partir.

Cada vez mais ofegante, tento, em vão, compreender o que fiz para que isso acontecesse. Como dizem, com a proximidade de meu ultimo suspiro. Vi toda minha vida passar diante de meus olhos, fato este que serve apenas como um amplificador de todos aqueles sentimentos os quais eu mais repudio.

Respiro fundo, deixo todo o meu âmago ser preenchido por aquele medo e num momento de revolta transformo-o em coragem. Meu olhar, abruptamente muda, transmitindo certa vivacidade e em um hábil movimento seguro o braço ameaçador - a parte que é visível fora de meu tórax - e ferozmente o puxo, utilizo-me de uma força incomum a minha pessoa, tento expelir a dor e todos os outros sentimentos através desse contra-ataque.

Grito, exaltando ainda mais a minha vontade, antes desconhecida, de viver. Não que fosse algo que só pode ser revelado devido a possibilidade de morrer. Mas sim a certeza de que caso eu realmente viesse a falecer, eu não partiria feliz. Sendo assim, com o que me restava de força aperto ainda mais o braço e retiro de meu ser, movido apenas por um único e último desejo, o de ser feliz novamente antes de finalmente morrer.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

A Strange Day - What are you afraid?!


Sou um jovem com uma imaginação fora do comum, ainda mais durante meus sonhos. Hoje por exemplo tive um sonho daqueles que lhe faz pensar, pensar e pensar sobre a sua vida em pontos os quais você muitas vezes prefere deixar rolar de acordo a situação.

Eu estava num estado etéreo, observando pessoas, algumas importantes do meu passado, outras do meu presente e uma que de certo modo, nem eu esperava que estivesse por ali. Todavia, era uma mistura de inveja com conforto vê-las rindo, sendo felizes, assim como eu desejava e/ou tentava (ou no passado já tentei) fazê-las... Tal cena era simples, uma mesa, cinco mulheres lindas e um nostálgico, até que tudo mudava até as cores com as quais o cenário era pintado.

Nesse momento, uma fotografia minha - uma das quais eu mais gosto, afinal, transmite de certo modo o meu ser - foi colocada na mesa, as mulheres começaram a comentar fatos que vivenciaram comigo e certos traços em minha personalidade os quais gostavam aquilo era reconfortante (acho que cheguei a sorrir dormindo durante essa parte, sério!). Entretanto, logo após, um clima melancólico, quase sofrido, se fez presente... O quinteto de beldades começou a chorar, algumas até esbravejavam comigo, por quê? Por simplesmente ter partido dessa para uma melhor, foi quando meu coração, mesmo que inexistente na forma em que eu estava explodiu em pura dor e as lagrimas escorreram tensamente e eu as observei queimando a minha foto. O baque foi tamanho que me fez acordar.

Não sei como?! Onde?! Quando?! Ou Por quê?! Mas esse sonho mexeu comigo sabe... Ver as pessoas sofrendo pela minha ausência e depois eu ainda teve a sorte de me encontrar com uma das pessoas as quais estava em meu sonho pessoalmente. Mesmo sendo um ateu, não pude me controlar e disse: Ah, Deus, você tá de brincadeira comigo né! Só pode...

Me controlei, sempre tento manter o controle como bom libriano que sou. Mas, por sorte - ou falta da mesma - Tentei seguir o meu dia como se tudo fosse uma mera coincidência, porém, nada acontece aos poucos. Logo descubro que vou me mudar, vou ter que deixar quase 5 anos de lembranças e uma casa para trás. Minha mente começa a processar tudo rápido demais, as minhas emoções ficam cada vez mais instáveis meu controle já parecia sumir.

Sento, respiro e decido ir me banhar, a água me alivia, sempre aliviou... Adoro o som dela e como ela me acalenta facilmente. Poderia permanecer o resto do dia ali, me conter, mas tinha que trabalhar, ao chegar ao trabalho, relembra de algo que prometi a alguém importante, num passado muito distante. Afinal, com a mente a mil, a minha memória se torna mais recente e eficaz... Ligo pra pessoa, refaço meus votos, peço desculpas e então pego meu maço de cigarros olho bem pra ele e penso: É meu amigo, você é o último!

Um aperto no meu peito, já prevendo as dores da abstinência que terei, minhas mãos começam a suar frio. Controle, isso já não é algo que eu prezo mais nesse momento. Deixei o dia seguir, passei a desejar unicamente que ele acabe o mais rápido possível, mesmo que em vão... Lembro, então da noite passada, do horóscopo no jornal e da minha pesquisa sobre tal na internet.

O que me assombra ainda mais devido às fatos gravados na minha memória e em algumas caixas na minha casa. Tanto o papel, quanto o visor diziam as mesmas coisas. Reforçavam os bons negócios, o que deixaria qualquer feliz, não vou negar que sorri ao saber que os astros agiam ao meu favor no meu novo empreendimento financeiro. Porém, eles reforçavam as chances de que o amor da minha vida chegaria. Nada contra, mas meu subconsciente dizia o contrario me lembrava dos términos, das discussões, das dores, dos desamores e desapegos, das fossas após todas as vezes que eu li aquilo.

Então meu corpo se arrepiou e estremeceu, me senti uma criança com medo. Normalmente, elas têm medo do escuro, do bicho papão, de ficar longe de seus pais... Eu, pela primeira vez, senti medo do amor .-. O qual eu nem sabia se realmente viria, mas assim, o temi! Indignado com tudo isso, fora de controle, mas de um modo o qual ninguém sequer notaria, com os lábios ressecados e as mãos banhadas pelo suor... Me deixei levar pelas perguntas... Por quê? Por que o medo da mudança? Por que o medo do novo? Por que o medo de ser feliz?!



Why do you let me stay here?



Por que você me deixou ficar aqui, sozinha?
Por que você não vem e brinca aqui?
Eu só estou sentada na estante
Por que você não senta aqui e fica um pouco?
Nós gostamos das mesmas coisas e eu gosto do seu estilo
Isso não é um segredo, por que você o guarda?
Eu só estou sentada na estante
Eu tenho que te comprar uns presentes, vamos fazer isso ficar conhecido
Eu te acho tão agradável, adoraria te ter como meu
Por que você não senta aqui e me faz sorrir?
Você me faz sentir como se eu fosse uma criança
Por que você revisa? Apenas me dê crédito
Eu só estou sentada na estante